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Empreendedorismo feminino

Depois de receber muitas indicações para assistir a nova série do Netflix, “A vida e a história de Madam CJ Walker”, me rendi e a assisti com muito entusiasmo nesse último final de semana. Foi a primeira vez que ouvi falar na Sarah C.J. Walker, que foi a primeira mulher na história dos EUA a se tornar milionária, por méritos próprios – isso entre os anos de 1905/1919, o que torna o feito ainda mais impressionante.

Madam CJ Walker, como ficou conhecida, fundou uma empresa de produtos de cabelo para mulheres negras, num país ainda bastante separatista e racista, vivendo os reflexos dos primeiros anos pós-escravidão. Dentre inúmeros temas relevantes abordados na série que me fizeram refletir muito nos últimos dias, eu optei por falar hoje sobre empreendedorismo feminino. A história de Sarah é uma inspiração sem tamanho. Porém, tantos anos depois, muitas mulheres continuam a enfrentar os mesmos desafios que ela enfrentou em sua época.

Mulheres que decidem ser donas do próprio negócio e fazer o seu próprio dinheiro se veem constantemente questionadas a respeito de: sua capacidade, seu emocional, seu conhecimento técnico, a qualidade de seus produtos/serviços, como conciliam trabalho com cuidados com a família e casa, sua criatividade, seu poder de inovação, sua capacidade de liderar.

Por sermos mulheres, é como se automaticamente fossemos menos em tudo, estivéssemos em desvantagem. Como se não pudéssemos ser independentes, donas e construtoras das nossas próprias histórias e trajetórias, e ainda por cima ganhar dinheiro com isso. E construir uma família. E ter vida pessoal. E ser feliz. Como se necessariamente dependêssemos de outras pessoas – de homens – para podermos validar e ver reconhecidos o nosso sucesso e a nossa competência. Porém, na linha do que sempre defendo, são apenas as escolhas conscientes feitas pela mulher que devem definir o percurso de suas vidas.

Empreender não é tarefa fácil. Envolve conhecimento de tantas áreas diferentes (além de dominar por completo aquilo que você quer oferecer às pessoas) que parece impossível dar conta de tudo. Porém, acima de tudo, para empreender é preciso uma escolha. Uma decisão, uma vontade de colocar um sonho em prática. E nós mulheres, além de termos que lidar com todos os desafios inerentes a essa vontade, temos também que lutar contra todas as opiniões, julgamentos e apostas de que não daremos conta, não somos capazes e que esse não é o nosso lugar. Mas somos capazes sim. Esse é o nosso lugar sim. Madam CJ Walker e seu patrimônio milionário que o digam. 

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